sexta-feira, setembro 22, 2017

FUTEBOL & NEOFASCISMO...



O futebol potencia o florescimento de fenómenos onde o populismo, o culto de personalidade, o vedetismo, o tráfico de influências,  se mobilizam e formam um caldo de cultura explosivo e pouco democrático, gerando caciquismos autárquicos baseados apenas no alegado  carisma  consubstanciado  na generosidade excessiva de uns tiranetes que dão tudo,  desde que haja contrapartidas efetivas na hora da caça ao voto. Ou seja, o dirigente desportivo terá de se portar como uma marioneta, um reles jagunço,  do líder partidário que o apoia,  senão, não terá essas benesses. Lacaio sempre fiel, senão...
Vemos o fenómeno a repetir-se em todo o lado sem que o público, e até os fazedores da consciência coletiva, manifestem  sinal de alarme.
Vemos agora Fernando Gomes, tarde  e a más horas,  alertar para o ódio. Fala pela rama, este ódio acentua-se no período pré-eleitoral pois as claques tantas vezes são convidadas a apoiar alguns candidatos. Caciques desportivos por vezes tornam-se caciques autárquicos e vice-versa.
É preciso acabar com esta vilanagem.
 Desporto é desporto e política é política. O político muito "generoso" que caça votos à custa desse excesso de generosidade é normalmente um indivíduo maquiavélico que visa os fins sem olhar aos meios.  VER AQUI

Há que apontar o dedo a esta promiscuidade que a Dra Maria José Morgado já denunciou com plena acuidade e conhecimento de causa.
Fernando Gomes não vai ao âmago do problema. ele aflora apenas a parte visível do icebergue. É preciso que os sociólogos, os pedagogos, os psicólogos de massas façam o seu trabalho e denunciem este abastardamento democrático que contém potenciais explosivos  antidemocráticos óbvios. O ódio viceja nas claques, nalguns comentadores, nalguns jornalistas desportivos. Analisem-se em profundidade os casos de Gondomar e  Braga (com Valentim Loureiro e Mesquita Machado). Davam para um mestrado!
  Haja coragem, meus senhores.

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