quarta-feira, abril 20, 2016

CARTA ABERTA AO DR MARQUES MENDES

Há tempos, falando com o fafense Professor José Emídio Martins Lopes, homem bairrista e sempre atento ao fenómeno mediático, falamos daquela sua atitude corajosa e  sensata de retirar Valentim Loureiro e Isaltino Morais das listas de candidatos autárquicos do PSD. O país sério e honrado aplaudiu o gesto nobre. Contudo, o povo, esse macambúzio sempre inebriado por vapores populistas e narcotizado por embriaguês mediática, deu-lhe um bofetada de luva branca.
Que povo temos, é a tarefa que mais importa estudar e trabalhar.
Depois daquele gesto seria de esperar que os fiéis ao partido se unissem na rejeição dos candidatos. Mas não. Muitos seguiram de forma maçiça  os políticos censurados.
É óbvio que eles sabem a ladainha toda. Usaram a máquina mediática com mestria. A hipervitimização fez o resto. Fazia lembrar a TROVA DO TEMPO QUE PASSA!
Enfim, o nosso povo crédulo e simplório tem vistas curtas. Ainda não sabe as manhas do populismo, ainda não se deixou vacinar contra oportunismos e caudilhos de verbe fácil e magnânimos à custa do dinheiro de todos nós!
Ele eram festas de arromba, ele era uma enxurrada de promessas e de dinheiros para as paróquias, ele era a aposta na bola e no desporto. Depois veio o corolário disso tudo: dívidas e jogadas de bastidores que enriqueceram os tenentes do poder e empobreceram os contribuintes.
E o pior é que o país está cheio de gente desta que ganha eleições com uma perna às costas e os adversários não têm a mínima hipótese!
Resultado: aumentam os endividamentos a vários níveis, o país empobrece, há desemprego e emigração em larga escala...Os jovens? com o futuro hipotecado por décadas!
E os fautores do regabofe? Estão podres de ricos, Têm fortunas em paraísos fiscais, têm familiares bem prendados com lojas, apartamentos, estabelecimentos comerciais e até contas no exterior!
É preciso abrir os olhos ao povo que temos. É preciso trabalhar nesse domínio para que ele não se deixe seduzir pelo canto de tantas sereias que são a nossa perdição!

Respeitosamente:

José Manuel Figueiredo Leite de Sá

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