segunda-feira, novembro 11, 2013

O Princípio da confiança...


Não, não vou falar no orçamento de Estado ou no papel do tribunal constitucional.  Vou falar em Paulo Bento e no play-off que se aproxima para o mundial de futebol no Brasil.

Paulo Bento tem mudado pouco e mantido, contra ventos e marés, a espinha dorsal da equipa. Bom? Mau?

Em parte manter o mesmo esquema e as mesmas pedras pode ser garante de estabilidade. Todavia, independentemente da confiança que se tem num dado jogador, há que olhar para o seu momento de forma. Há peças que precisam de ser mexidas para uma cura de humildade, nalguns casos, ou recuperação física ou anímica noutros.
Vejamos:

Rui Patrício atravessa uma fase difícil e já deu que falar na selecção e agora no Sporting também.  Aquele passe a um avançado que deu um golo a Israel afetou-o imenso. No Sporting Benfica da Taça, ele falhou rotundamente ao saír ao cruzamento que deu o golo de cabeça a Cardozo (estava tão longe que não deveria sair de entre os postes... foi infantil e apanhado a meio caminho...); no último golo do Benfica, então nem sequer me quero pronunciar e vou usar um eufemismo: foi infeliz...

Eduardo também não está  muito feliz no Braga. Talvez Beto seja a aposta mais digna de confiança neste momento.
A Suécia vive um pouco à sombra do gigante Ibraimovich. Subestimar isto é um pecado grave.  Da mesma maneira que eles procuram eclipsar Cristiano Ronaldo com dois defesas tipo carraça, também devemos usar igual metodologia com Ibraimovich. Temos um José Fonte em Inglaterra num excelente momento de forma e Rolando no Inter de Milão  que poderão dar um jeito enorme. No lado esquerdo, Coentrão lesionado, quem o irá substituír? Antunes tem deixado muito a desejar...

No meio campo, médio criativo temos o João Moutinho que precisa de alguém mais rápido, mais pujante, o Miguel Veloso é lento, muito lento, para a pedalada dos suecos é completamente desaconselhável. Adaptar o central  Neto? é um risco, mas uma hipótese bem plausível pois é tecnicamente muito rico e de uma velocidade implacável no um para um, muito embora sem grande porte atlético.

No lado direito o João Pereira é excelente a atacar mas a defender é um desastre, sobretudo com a passada larga dos suecos  ele em velocidade será batido com grande facilidade. Não oferece a mínima confiança. Terá de haver alguém rápido e forte para o dobrar pois aquele buraco será o calcanhar de Aquiles bem evidente.

No ataque Cristiano deve jogar com liberdade de acção, percorrendo a frente de ataque, tabelando com os médios, avançados ou laterais para criar confusão nas hostes adversas. Amarrá-lo, acantoná-lo à esquerda é a coisa mais estúpida que se pode fazer, é cortar as asas ao seu poder criativo. Nani é outro jogador criativo, talvez o mais capaz de dar água pela barba aos suecos.

Hugo Almeida é lento, muito lento. Postiga sabe tabelar, mexe-se bem, mas falta-lhe cabedal para enfrentar aquela muralha de  feras endiabradas. Talvez Éder possa ser uma surpresa: tem poder de choque, capacidade de perfuração, poder de briga na área.

Falta um jogador com velocidade de pernas e sentido prático para fazer a ligação defesa ataque. Tarantini do Rio Ave seria uma mais valia mas nem sequer foi convocado. Um jogador destes não pode ficar esquecido, é imperdoável ninguém ver este diamante em potência. 
Parece impossível ainda não ter sido convocado o guardião da Académica  que está num momento de forma muito bom.

Oxalá Portugal elimine os suecos, contudo, o clima de confiança transmitido pelos eleitos (alguns) de Paulo Bento não é o melhor.  Aqui deixo alguns alvitres que poderão ser aproveitados se houver boa vontade e espírito de justiça...Bem hajam e boa sorte para todos.

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