segunda-feira, setembro 06, 2010

-João César das Neves o anti-falsificadores da História...


A História está cheia de falsificadores. Segundo JCN a Igreja tem sido a maior vítima. Ele, qual D. Quixote da nova vaga, vai zurzindo contra tudo e contra todos. Não poupa ninguém. Ele, certamente escolhido por Deus, é o único que sabe a História como ela é, ou deve ser.
Em artigo certamente inspirado por Deus, como o foi (dizem alguns, nem todos...) a Bíblia Sagrada, no DN de hoje, ele branqueia a Inquisição, as atrocidades cometidas nas Cruzadas, nos Descobrimentos, na expansão da fé à força da espada e do canhão.
Incapaz de assimilar a mensagem papal no tocante ao arrependimento (e até vergonha) por parte das cúpulas da Igreja face aos excesos cometidos em nome dela (ou de Deus...), ele não vai por aí!
Vai pelo branqueamento puro e duro, pela tese da falsificação da história, nunca admitindo culpas, nem excessos nem violências ...Os denunciadores de abusos serão, na sua sanha persecutória, meros falsificadores da História!!!
É triste ver um homem aparentemente no seu perfeito juízo, verter estas catilinárias aos diversos historiadores que ao longo dos séculos, têm, de forma pedagógica e serena, tentado demonstrar que a IC serviu de pretexto para mil-e-um atentados aos direitos do homem, quando se acobertava sob a bandeira da propagação da fé...Houve aspectos positivos, sem dúvida, mas não podemos escamotear os negativos, só pelo facto de ter havido facetas relevantes e dignas de apreço...
Um banho de humildade nas águas puras e cristalinas da VERDADE, fazia-lhe bem. O papa já o tem feito e tem colhido aplausos. A contrição é uma virtude. A arrogância, o olvido dos males passados é um vício, direi mais: um pecado capital!
Que Deus lhe perdoe professor...

3 comentários:

Paulo disse...

«Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
-Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!»
(Florbela Espanca - poetisa)

PS: GOSTEI DESTE BLOGUE!!

Abraço
PAULo
PORTUGAL

Isa GT disse...

Não sei que químicos andam a misturar na comida, mas andam a fazer efeito ;)

Bjos

Táxi Pluvioso disse...

A História é apenas uma narrativa que se conta para o conforto do povo.