quarta-feira, agosto 19, 2009

Racionalidade económica! a todos os níveis!

Talvez tenhas razão, rouxinol...


A racionalidade económica deve estar subjacente à praxis de todas as entidades que actuam na cena pública e até privada. A exigência de estudos compulsando custos e benefícios deve ser condição sine qua non antes de qualquer tomada de decisão.
Todavia, e há sempre um todavia que estraga tudo, há quem não pense assim. Há quem tudo faça para fomentar despesismo público redundando em benefícios privados, alguns escandalosos mesmo. Há quem procure tomar decisões favorecendo determinados agentes económicos, pois sabe que deles pode extraír benefícios (directos ou indirectos...) para a sua conduta futura.
Não lhes importa a democracia, a igualdade de oportunidades, o escrúpulo, preciso é contemplar certos agentes, que, depois, por gratidão, saberão financiar o partido, o decisor político, toda uma entourage multifacetada que está na génese da manutenção do poder. É essa malha que o império da corrupção tece para se manter no topo...
Esta actuação dá azo a derrapagens, despesismos ultra-sofisticados que dão uma imagem péssima da qualidade democrática. Não é preciso citar nomes. Vemos certas entidades sempre ganhando concursos (quantos deles viciados e sem se cumprirem o mínimo de formalidades para que a malha possa ser mais larga e a ausência de controlo seja um dado adquirido...) em detrimento de outras. Vemos os vencedores a dominarem a comunicação social e a inundarem de elogios hiperbólicos os «dadores», na firme convicção de que assim perpetuarão ad aeternum a praxis mutuamente vantajosa, mas perniciosa para o são regulamento das instituições. O pauperismo cívico e moral da maioria dos jornalistas afectos aos jornais e rádios locais é um atestado óbvio...São o ADN da falta de carácter que reina. Omitem factos gritantes a pretexto de não beliscar a imagem da «terra», podendo atentar contra a saúde pública, contra a racionalidade económica, contra o ecossistema...
Assistimos a abordagens críticas do PR, sobretudo em dias festivos (25 de Abril e dia da República), sem mais continuidade nem conducentes a nada de concreto. O pantanal continua imutável. A praxis irracional e despesista continua. O poder instalado agradece e recomenda tal postura. A oposição critica enquanto tal, mas se porventura subir ao poder faz o mesmo ou pior...
Não é preciso mudar a constituição, não é preciso lançar no inferno os partidos de esquerda mais interventivos (eles têm sido, muitas vezes, faróis de clarividência, nalguns domínios, honra lhes seja feita...), não é preciso ir à bruxa...
É preciso ir ao cerne dos problemas: a corrupção!

2 comentários:

Eduardo Ramos disse...

Sem corrupção!?
Assim ficávamos sem intensivo a governar. E depois como era?

E sem governo como é que ficava a máxima:
" Os Portugueses não se governam nem se deixam governar. "

Complicado.

José Leite disse...

Olé Eduardo:

Seja bem vindo e divirta-se com ironia e bom humor...