quinta-feira, fevereiro 19, 2009

A mulher de César!...


A mulher de César...
Fui visitá-la. Diziam que andava a expor-se em passagens de modelos. Que para uma senhora da sua estirpe não ficava bem. Era susceptível de críticas...
RB__ A senhora acha bem, sendo a esposa de César, andar em trajos menores, aí na praça pública, expondo-se?!...
MC__ Olha rouxinol, estou farta de falsos moralismos! a César o que é de César, à mulher de César o que é da mulher de César! não posso ficar eternamente acorrentada a um nome, quero respirar o ar livre, a liberdade, a sensação de viver em plenitude!
RB__ Eu compreendo-a, mas o país compreendê-la-á?!
MC__ Estou-me borrifando para o país! Irei à TV as vezes que forem precisas para expor os meus pontos de vista, a minha visão das coisas... sou livre e não abdico da minha liberdade....
RB__Mas, há um dever de reserva, um recato, um pudor...
MC__ Sei onde queres chegar, rouxinol. Este país precisa de se libertar de falsos moralismos, de hipocrisias, de tabus! A mulher, toda a mulher, não só a mulher de César, precisa de ser livre! Não me deixarei acorrentar a preconceitos, farisaísmos, anacronismos obsoletos...é que antes de ser «mulher de César», sou Mulher!!!

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