domingo, junho 15, 2008

Inês de Portugal!


Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais.
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.
Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.
Os teus gestos são verdes, os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turqueza intemporal.
As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.
Nota: homenagem de José Carlos Ary dos Santos a Inês de Castro.

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