quarta-feira, março 12, 2008

O País se curva à sua memória.


Terminou maratona cultural
E no pódio ficou, manter-se-á;
Cortou a meta, meta terminal,
Perdeu a vida, sempre viverá.
Joel Serrão deixou várias lições:
Saber, sentir, amar e resistir
Ao arbítrio canalha, aos grilhões
De um poder que teimava em oprimir.
Na memória futura brilhará
Com rasto luminoso, fulgurante,
Cidadão do civismo militante.
Professor renomado, vigilante,
Como hoje em dia poucos haverá
No sacrário do tempo ficará.
Nota: Era um historiador multifacetado. Cidadão acima da mediania, com estrutura mental e cívica, com maturidade e paixão por Portugal e pelos portugueses, é daqueles que se vão da lei da morte libertando, como diria o épico.
Hoje em dia, quando vemos tantos «tigres de papel» a enfastiarem com banalidades o imaginário colectivo de todos nós, mas sem nada de construtivo, de perene, ergo a minha voz contra o silêncio reinante. A mediocridade assentou arraiais neste lusitano rincão. Daí o seu silêncio.

Nenhum comentário: