terça-feira, fevereiro 19, 2008

Saúde pública, um bem a preservar...


A saúde pública é um bem que importa preservar a todo o custo. Isso, por vezes, nem sempre é fácil: não enche o «olho» ao eleitorado, não dá oportunidade para um corte-de-fita, não possibilita o banho de multidão que alguns tanto anseiam para tirarem «nódoas» de outra índole...
Mas é algo de prioritário, algo de preocupante se não for tido em conta numa política integrada de desenvolvimento de uma terra, de uma região, de um país, de um continente.
Vimos as preocupações com o H5N1 (vulgo gripe das aves...), vemos alguns focos de meningite a gerarem preocupação no universo escolar, assistimos a casos de epidemias provocadas por faltas de segurança (ou aviso atempado), assistimos à publicação de legislação destinada a evitar o fumo passivo em certos locais, vemos publicitação de alertas para o uso do preservativo nas relações sexuais, enfim, há todo um arsenal de medidas profiláticas destinadas a prevenir situações de perigo iminente ou risco óbvio.
Mas... e há sempre um «mas» incómodo nestas coisas, esses alertas por vezes causam danos colaterais: na economia, na imagem de certos políticos, no turismo, no comércio...
Há quem prefira a política de avestruz à da transparência. Há quem seja pela opacidade à outrance com medo de perder apoios, de ser censurado publicamente, de ser considerado imprudente, mau gestor, perdulário, medíocre...
Mas a saúde pública não pode estar à mercê dos caprichos de um qualquer caudilho medroso ou defensor de interesses inconfessáveis, não pode ficar refém de economicismos de pacotilha que são sempre maus conselheiros. Há que defender a saúde contra os corporativismos mais doentios, contra os predadores sociais, contra os mercenários egocêntricos.
O bem comum deve estar (nem sempre está) acima de clientelismos balofos ou de farisaicas protecções a grupos de pressão ou argentários «tutores do poder político». Doa a quem doer.
Certas localidades devem ser expurgadas de proteccionismos insensatos à incompetência e ao arbítrio. Os responsáveis em última instância devem ser chamados à responsabilidade por actos e omissões. É a cidadania em acção.

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