terça-feira, outubro 16, 2007

Será que a banca também tem ponto "G"?!

EROS AO PODER!
FINALMENTE, UM PRÉMIO NOBEL PARA PORTUGAL!!!



Consta que vai ser atribuído o Prémio Nobel da Generosidade a um banco português. Consta que o júri já escolheu o banco e há unanimidade total.

Trata-se de um banco onde pontifica um senhor que dizem pertencer à "opus Dei" e que acha que a caridade começa em casa, na própria família...

É sabido que as mulheres têm um ponto especial onde a sensibilidade erógena atinge o auge, é um local muito íntimo onde o pudor não penetra, onde a generosidade e o prazer atingem o clímax. O prazer de dar e o prazer de receber se entrechocam numa amálgama sensorial que, dizem, foi elaborada pelo Criador com o propósito (único e exclusivo, segundo alguns fundamentalistas) de fomentar a procriação, evitando assim a extinção da espécie...

Na banca, esse ponto nevrálgico também existe (soube-se agora), e o prazer de dar e o prazer de receber têm um lugar geométrico bem definido; o crédito mal parado passa a perdão definitivo e atinge-se o auge, o clímax, o êxtase completo. Foi criador deste ponto "G" um conhecido banqueiro que ora muito e ora bem. Ora, isto já não é de agora. Ora, isto tem muito que se lhe diga. O prazer, o orgasmo da dádiva generosa, deverá ser extensivo a todos, deverá ser difundido urbi et orbi? Crescer e multiplicar este prazer inefável será o desiderato último deste banqueiro que adora ser falado pela sua generosidade, a sua caridadezinha sempre tão prestimosa.

Será tal como o sol, nascerá para todos, o tal inefável prazer do perdão, o incomensurável orgasmo da generosidade vibrante e capaz de conduzir ao éden os seus beneficiários?

Em democracia há igualdade de oportunidades, deve haver dadores infindáveis para que o prazer não tenha limites, ou que o limite seja o céu...

Enfim, este Prémio Nobel tem contornos eivados de eroticidade pura, mesclados de uma racionalidade económico-financeira onde Eros se implanta e é elevado ao máximo expoente, por obra e graça de uma estratégia onde o economicismo puro e duro é colocado entre parêntesis.

Há um denominador comum: o prazer de dar é directamente proporcional ao prazer de receber, ficando tudo em família...

Consta que no comité Nobel há uma certa dose de inveja latente, estando por um fio esta atribuição que seria tão original e tão credora dos maiores e mais rasgados elogios por parte da comunidade científica. A inveja, esse erva daninha sempre presente para ofuscar o prazer, dá pelo nome de Erva Berarda, e cresce ali para os lados da Pérola do Atlântico.


Enfim, o "ponto G" da banca é algo de inovador e terá um efeito de arrastamento inolvidável, se vier a ser seguido por esse mundo fora. O prazer é um direito de todos, até da banca. O hedonismo financeiro tem aqui um toque de classe, uma quinta-essência capaz de fazer frente aos choques tecnológicos mais bizarros que por aí se vão badalando (por parte deste governo) mas são incapazes de rivalizar com esta inovação tão eloquente, este fenómeno de puro êxtase!...

Será que as entidades fiscalizadoras ficarão também seduzidas pelo modus operandi e darão o seu aval ao orgástico "ponto G"?!

A interrogação anda no ar como perfume afrodisíaco capaz de seduzir o mais incauto...

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