sábado, janeiro 06, 2007

O PAVÃO DA FÉ, ESSA COISA RUIM!





És só presunção e água benta
Usas a fé como um trampolim...
Um "isco" eleitoral, mas enfim,
A fé pratica-se, não se ostenta!

Ai Pinochet, tu tens seguidores
Gente que persegue, até tortura,
À sombra da fé vai à loucura...
Comete crimes, semeia horrores.

Só Te Deums, magnas procissões,
Sinais exteriores de fé
Branqueando aos olhos da ralé
Safadezas e vis corrupções...

O mundo é só fundamentalismo
Autênticos facínoras são
Mas, sob a capa-religião
Passam por santos!, só fanatismo!

Em Bagdad, Tikrit, ou até Meca
A gente vê esta hipocrisia
Fé destas, prefiro a apostasia!
Pergunto a Deus, quem é que mais peca?!

Quem vai a Fátima branquear
Imagens corrompidas, venais,
Levando atrás TV's e jornais
Já não consegue o povo enganar!

Respeito aqueles que lá vão, sim!
Humildes, anónimos, rezar...
Sem ostentação, só meditar...
Não pavão da fé, coisa ruim!...

A fé pratica-se, não se ostenta!
Deus não quer vaidades ou empáfias
Transformar religiões em máfias
É o mal do mundo, sua tormenta!

Pavão da fé!, o povo cresceu!
Já não vai no engodo, não, não!
Já não vale a pena ser pavão
Fé de mais!!!... foi chão... que uvas já deu!

O mundo anda em tolos belicismos
Afogado; há que pôr travão!
Há que subir ao trono a razão
Apeando os fundamentalismos!!!

Rouxinol de Bernardim


Estamos ao nível da Idade Média neste dealbar do séc XXI e todos somos culpados. A religião, seja ela qual for, não pode asfixiar todas as formas de cultura e de cidadania; é uma questão do foro íntimo e não uma questão de Estado; os totalitarismos religiosos são a lepra deste início de século. Por isso cada vez mais a laicidade está a fazer falta como suporte civilizacional.

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